Comunidades

Comunidade Quilombola

Espírito Santo do Itá

Localizada no interior de Santa Izabel do Pará, a cerca de 1h de Belém, a Comunidade Quilombola Espírito Santo do Itá é formada por cerca de 180 pessoas, majoritariamente descendentes de africanos escravizados. Seu modo de vida gira em torno do cultivo da mandioca e da produção artesanal de seus derivados — farinha, goma, tucupi e beiju.

Reconhecida oficialmente como comunidade remanescente de quilombo, Espírito Santo do Itá conquistou em 2024 o título coletivo de seu território, concedido pelo Iterpa. Essa conquista garante segurança jurídica e abre acesso a políticas públicas específicas para quilombolas.

Território e História

O território tem origem no século XVII, com a chegada de franceses vindos do Maranhão. Abandonados na região após a retirada dos franceses, os africanos escravizados passaram a viver como pessoas livres, estabelecendo vínculos com povos indígenas e adotando saberes tradicionais, especialmente os ligados à agricultura e ao beneficiamento da mandioca.

Cultura e Organização

A mandioca é o centro da vida econômica, cultural e simbólica da comunidade. As famílias vivem de forma organizada, com uma área coletiva de moradia e outra destinada às roças, fortalecendo a convivência e a produção de base comunitária.

Festival da Mandioca

Desde 2014, o Festival da Mandioca celebra os saberes locais e movimenta a economia da comunidade. O evento, realizado anualmente em abril, inclui farinhadas, oficinas, apresentações culturais e venda de alimentos típicos, atraindo visitantes e valorizando o turismo cultural e a agricultura tradicional.

Comunidade Campo Limpo

A comunidade de Campo Limpo, em Santo Antônio do Tauá, é um exemplo vivo de transformação e organização coletiva na Amazônia. Localizada a cerca de 80 quilômetros de Belém, a vila reúne famílias agricultoras que fizeram do cultivo de hortaliças e plantas aromáticas uma fonte de renda, dignidade e pertencimento. Entre roçados verdes e o aroma das ervas frescas, Campo Limpo tornou-se símbolo de inovação com raízes na tradição.

A Vila Lauro Sodré, localizada em Curuçá, no nordeste do Pará, está inserida na Reserva Extrativista (Resex) Mãe Grande de Curuçá, criada em 2002 para proteger os ecossistemas costeiros e garantir o uso sustentável dos recursos naturais pelas populações tradicionais. A cerca de 130 quilômetros de Belém, a comunidade tornou-se referência na produção de ostras nativas da espécie Crassostrea gasar, cultivadas de forma artesanal e sustentável.

O cultivo começou no início dos anos 2000, quando o biólogo Leonardo Chagas identificou as condições ideais do território para o desenvolvimento da atividade. A iniciativa reuniu moradores que se organizaram na Associação dos Aquicultores da Vila Lauro Sodré (Aquavila), atualmente formada por dez associados — cinco mulheres e cinco homens — e cerca de cinquenta colaboradores indiretos.

O processo de cultivo segue técnicas simples e adaptadas ao ambiente local. As ostras se desenvolvem em coletores de garrafas PET e passam por diferentes fases até atingir o tamanho comercial, em um ciclo que dura de seis meses a um ano. A produção é sazonal e se intensifica em períodos festivos, como Semana Santa e fim de ano, quando a demanda aumenta.

Apesar dos desafios, como a limitação de infraestrutura e dificuldades logísticas para o transporte e comercialização, a ostreicultura consolidou-se como uma das principais fontes de renda e sustento da comunidade. Para Taciara Freitas da Silva Galvão, presidente da Aquavila, o trabalho representa autonomia e continuidade cultural. “Sustento minha casa e minha família com o cultivo. Trabalhar com o mangue é viver em harmonia com a natureza e mostrar que é possível gerar renda preservando”, afirma.

Outro associado, José Galvão, técnico em cultivo de ostras, destaca o aprendizado e a transformação proporcionados pela atividade. “Trabalho há mais de 20 anos com o cultivo e me sinto realizado. É um ofício que valoriza a natureza e garante o futuro dos nossos filhos”, diz.

A parceria com o Projeto Intercâmbio Amazônia, em 2025, fortaleceu a visibilidade da comunidade e ampliou o diálogo entre os saberes locais e a gastronomia contemporânea. Durante as visitas, chefs e participantes conheceram de perto o processo de cultivo e as práticas sustentáveis adotadas pela Aquavila, reconhecendo o potencial da Amazônia costeira como exemplo de equilíbrio entre conservação ambiental, geração de trabalho e valorização cultural.

Comunidade Lauro Sodré

O cultivo começou no início dos anos 2000, quando o biólogo Leonardo Chagas identificou as condições ideais do território para o desenvolvimento da atividade. A iniciativa reuniu moradores que se organizaram na Associação dos Aquicultores da Vila Lauro Sodré (Aquavila), atualmente formada por dez associados — cinco mulheres e cinco homens — e cerca de cinquenta colaboradores indiretos.

A Vila Lauro Sodré, localizada em Curuçá, no nordeste do Pará, está inserida na Reserva Extrativista (Resex) Mãe Grande de Curuçá, criada em 2002 para proteger os ecossistemas costeiros e garantir o uso sustentável dos recursos naturais pelas populações tradicionais. A cerca de 130 quilômetros de Belém, a comunidade tornou-se referência na produção de ostras nativas da espécie Crassostrea gasar, cultivadas de forma artesanal e sustentável.

O processo de cultivo segue técnicas simples e adaptadas ao ambiente local. As ostras se desenvolvem em coletores de garrafas PET e passam por diferentes fases até atingir o tamanho comercial, em um ciclo que dura de seis meses a um ano. A produção é sazonal e se intensifica em períodos festivos, como Semana Santa e fim de ano, quando a demanda aumenta.

Apesar dos desafios, como a limitação de infraestrutura e dificuldades logísticas para o transporte e comercialização, a ostreicultura consolidou-se como uma das principais fontes de renda e sustento da comunidade. Para Taciara Freitas da Silva Galvão, presidente da Aquavila, o trabalho representa autonomia e continuidade cultural. “Sustento minha casa e minha família com o cultivo. Trabalhar com o mangue é viver em harmonia com a natureza e mostrar que é possível gerar renda preservando”, afirma.

Outro associado, José Galvão, técnico em cultivo de ostras, destaca o aprendizado e a transformação proporcionados pela atividade. “Trabalho há mais de 20 anos com o cultivo e me sinto realizado. É um ofício que valoriza a natureza e garante o futuro dos nossos filhos”, diz.

A parceria com o Projeto Intercâmbio Amazônia, em 2025, fortaleceu a visibilidade da comunidade e ampliou o diálogo entre os saberes locais e a gastronomia contemporânea. Durante as visitas, chefs e participantes conheceram de perto o processo de cultivo e as práticas sustentáveis adotadas pela Aquavila, reconhecendo o potencial da Amazônia costeira como exemplo de equilíbrio entre conservação ambiental, geração de trabalho e valorização cultural.

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